Produtores que desejam melhorar a qualidade do leite e ter melhores rendimentos, precisam ficar atentos a uma série de boas práticas de manejo e ordenha.
Durante nossas consultorias observamos alguns erros que são muito comuns entre os produtores e, por isso, decidimos compartilhar os principais neste post.
Aproveite para compartilhar esse conteúdo com um amigo produtor que precisa melhorar a qualidade do leite!
Não fazer o teste da caneca de fundo preto
O primeiro passo, antes de iniciar a ordenha, é realizar o teste da caneca de fundo preto, onde os três primeiros jatos de cada teto são analisados separadamente.
Se houver alguma alteração, como grumos, pus, presença de sangue ou coloração alterada, provavelmente a vaca está com mastite ou alguma outra doença.
Neste caso, o leite deverá ser descartado e o animal separado dos demais para tratamento, evitando que a doença contagie o rebanho.
Não fazer o pré-dipping
Após o teste da caneca, o próximo passo é desinfetar e secar os tetos, o chamado pré-dipping. Se os tetos estiverem sujos de lama ou fezes, é necessário lavá-los com jato de água antes. Depois, os tetos devem ser imersos em uma solução preparada com produtos antissépticos por cerca de 20 segundos e então secos com um papel toalha.
Esse procedimento ajuda a eliminar ou reduzir microrganismos, evitando a mastite ambiental e auxiliando nos índices da Contagem Padrão em Placas (CPP).
>> Leia também: Guia completo para produzir um leite de qualidade
Não fazer o pós-dipping
Após a ordenha, é necessário desinfectar novamente os tetos, evitando infecções e contaminações. O processo é semelhante ao pré-dipping, devendo imergir os tetos em solução apropriada e aguardar por alguns segundos.
O produto de pós-dipping cria uma camada de proteção que ajuda a proteger o úbere, já que após a ordenha o canal do teto permanece aberto por cerca de 2 horas.
Não ter comida no cocho após a ordenha
Como dissemos, após a ordenha o úbere fica mais exposto, por isso o ideal é que as vacas não se deitem, pois o contato com a lama e outras sujidades pode aumentar as chances de mastite. Por isso, o recomendado é deixar comida no coxo, assim elas se alimentam e permanecem em pé.
Não higienizar corretamente os ambientes e equipamentos
A higienização correta dos equipamentos, tanques e ambientes é um dos pontos cruciais para melhorar a qualidade do leite, podendo reduzir em até 90% o número de bactérias.
Além disso, a desinfecção de teteiras entre as ordenhas reduz a possibilidade de mastite de 96% para 47% em propriedades com grande incidência de mastite subclínica.
Mas não adianta fazer a limpeza de qualquer jeito, é preciso se atentar aos produtos utilizados. Nunca use detergente comum nesse processo, sempre utilize detergentes específicos para esse fim e siga as instruções do fabricante.
Não utilizar água potável para limpeza
Utilizar água não potável para limpar os equipamentos é outro erro fatal, que pode prejudicar o processo de higienização como um todo, pois a qualidade da água pode afetar a eficiência dos detergentes e disseminar contaminantes.
Não usar água aquecida na higienização de equipamentos
Outro ponto importante é a temperatura da água, que deve ser aquecida, pois o detergente alcalino não atua bem em baixas temperaturas e pode haver solidificação da gordura do leite.
De forma geral, no enxágue inicial a temperatura deve ser entre 38 e 55 °C; no ciclo do detergente alcalino clorado, em torno de 70 °C; na limpeza com detergente ácido entre 35 e 43 °C e no ciclo final, acima de 40 °C.
Não fazer uma boa terapia de secagem
O período seco é o momento ideal para tratar mastites subclínicas já presentes e evitar novas infecções. Para isso é necessário fazer uma boa terapia de secagem, utilizando antibióticos intramamários de longa duração em todos os tetos, aliado a um selante, conferindo mais proteção ao úbere.
Cerca de 60% das mastites clínicas durante os 100 primeiros dias de lactação estão associadas a infecções no período seco. Por outro lado, quando feita corretamente, a terapia de secagem pode eliminar em média 80% das infecções existentes e prevenir em até 80% o surgimento de novas durante o período seco.
Não investir em uma consultoria em qualidade do leite
Neste artigo, trouxemos os principais erros que produtores de leite que querem melhorar a qualidade do leite cometem no dia a dia, mas não são os únicos.
Existe uma série de cuidados e processos que precisam estar funcionando corretamente para que se tenha uma melhora na qualidade do leite. Por isso, contar com uma consultoria especializada é fundamental para acelerar esse processo.
Na Prime Milk desenvolvemos o Programa Rende Mais, que analisa individualmente cada propriedade e aponta as melhorias necessárias para que o produtor produza um leite de alta qualidade e obtenha mais lucratividade.
Converse agora com um de nossos consultores e veja como o Programa Rende Mais pode te ajudar.