Ao longo de 20 anos de experiência no mercado leiteiro, a Prime Milk têm ajudado produtores e empresários de todo o Brasil a melhorar seus rendimentos. Já falamos aqui no Blog sobre os erros comuns dos produtores de leite que os impedem de ter mais lucratividade , mas hoje nosso foco é a indústria.
Apesar de já ser comum a prática de pagamento por qualidade, muitos laticínios ainda se mostram resistentes à ideia, principalmente os de pequeno e médio porte. O fato é que as indústrias que não implementam um programa de pagamento por qualidade estão perdendo dinheiro.
Quer entender melhor? Continue a leitura.
Como funciona um programa de pagamento por qualidade?
De forma geral, os Programas de Pagamento pela Qualidade (PPQ) do leite têm o objetivo de estimular os produtores a investirem em boas práticas de qualidade em suas propriedades e entregar uma matéria-prima de qualidade superior.
É possível adotar tanto a metodologia de premiação, pagando um valor maior pelo produto de alta qualidade, quanto a de penalização, em que a indústria remunera menos os produtos de baixa qualidade.
Para definir o que é considerado um leite de qualidade, são estabelecidos parâmetros como Contagem de Células Somáticas (CSS), Contagem Bacteriana (CB), índices de gordura, proteína, entre outros requisitos que interferem diretamente no rendimento, na qualidade e sabor dos produtos.
Importante ressaltar que esse tipo programa não pode ser igual para todas as indústrias, tem de ser desenvolvido individualmente, levando em conta diversos fatores, como rendimento, maturidade do negócio, equipe e estrutura, além das necessidades específicas de cada indústria.
Inclusive, um dos nossos trabalhos no Programa Rende Mais é ajudar as empresas a planejar e implementar um programa de pagamento por qualidade efetivo e que seja adequado às individualidades de cada negócio. Por isso, é importante buscar ajuda de especialistas antes de implantar um PPQ no seu laticínio para evitar erros e prejuízos.
Vantagens do PPQ para os laticínios
Mais rentabilidade
Como falei no início deste artigo, as empresas que não têm um PPQ estão perdendo dinheiro, pois acabam pagando por um produto ruim o mesmo valor que poderiam investir em uma matéria-prima de boa qualidade. Ao definir regras específicas, o laticínio passa a remunerar mais adequadamente o produtor, conforme a qualidade do leite entregue.
Seleção dos melhores fornecedores
Ao premiar ou punir os produtores, conforme a qualidade do produto entregue, é normal haver uma “seleção natural” dos melhores fornecedores. Os produtores com leite de baixa qualidade irão buscar por laticínios que não adotem um programa de pagamento por qualidade para poderem receber mais, com isso há um filtro onde ficam apenas os melhores fornecedores e, consequentemente, os leites de qualidade superior.
Matéria-prima superior é igual a produto premium
A qualidade do leite impacta diretamente no sabor e qualidade do produto industrializado que chega à mesa do consumidor. Desta forma, ao priorizar a compra de matéria-prima de alta qualidade, a indústria melhora também a qualidade do produto final. Em um mercado concorrido como o lácteo, ter produtos premium que se diferenciem e se destaquem da concorrência é fundamental para agregar valor e impulsionar os rendimentos financeiros.
O poder de melhorar o mercado está nas mãos da indústria
Investir em qualidade do leite é benéfico para toda a cadeia leiteira, desde o produtor que enfrenta menos problemas com mastite no rebanho e pode ser melhor remunerado por isso, até a indústria, que consegue agregar valor ao seu produto e oferecer lácteos de qualidade para o consumidor final.
O fato é que somente quando a indústria, de forma geral, passar a adotar programas de qualidade do leite, seja pagando por qualidade aos produtores, seja investindo em processos internos de qualidade e maquinários de ponta, é que haverá uma mudança real no setor.
Por que o produtor irá investir em pré-dipping, pós-dipping, usar detergentes específicos e mais caros para a limpeza ideal, fazer terapia de secagem corretamente, tratar adequadamente as vacas, se preocupar em baixar a contagem bacteriana, entre outros, se o laticínio compra o leite sem nenhum critério de qualidade e paga o mesmo preço para todo mundo?
A realidade é que se o laticínio não exige, não cobra, o produtor não vai fazer. Desta forma, ao não pagar por produtividade, o laticínio desestimula o produtor a fazer um produto de qualidade e todos perdem com isso, inclusive a indústria.