Imagine o cenário onde sua produção diminui, você tem que descartar leite, gastar com medicamentos e perder tempo no manejo separado dos animais. Tudo isso acontece nos quadros de enfermidades, como a mastite.
Portanto, se atente bem ao quadro, aja preventivamente, aprenda como identificar a doença, trate da maneira correta e controle a mastite definitivamente. Afinal, além de estarmos falando da saúde dos animais, também estamos tratando da lucratividade da sua produção.
O que é a mastite?
A mastite é uma doença causada através da resposta inflamatória do tecido do úbere da glândula mamária, geralmente provocada por traumas físicos, lesões e agressões na região ou pela infecção de microrganismos.
Nesse último caso, a infecção pode se dar por bactérias, fungos, algas ou leveduras, e acaba contaminando um ou mais quartos mamários através do ducto do teto.
Para controlar a doença, o organismo envia as células de defesa ao local, aumentando a resposta infamatória para eliminar o invasor e todas as toxinas nocivas produzidas por eles, com o intuito de restaurar o tecido.
Contudo, o dano que a ação inflamatória, por conta da mastite, causa ao tecido mamário pode diminuir a produção do leite em até 70%, além de até levar à morte do animal, em casos mais graves.
Tipos de mastite
A mastite pode se apresentar em duas formas diferentes: a clínica e subclínica.
A mastite clínica é facilmente identificável, já que se manifesta visualmente através de coágulos ou flocos no leite, e o animal pode apresentar febre, vermelhidão, dor, irritação e inchaço na região do úbere. Por isso, é tão importante fazer o teste da caneca antes da ordenha.
Por outro lado, a mastite subclínica não apresenta praticamente nenhum sinal. Geralmente, o leite perde a qualidade e o produtor nem sabe o porquê, ficando sem respostas, e reduzindo a produtividade média de 25 a 42%, segundo a Embrapa.
Nesse caso, há apenas um grande aumento da Contagem de Células Somáticas (CCS) no leite, resultado da resposta do organismo no combate a ação dos microrganismos, diagnosticada apenas através de exames.
Em alguns casos, a mastite pode se resolver sozinha, sem nenhum tipo de tratamento. Entretanto, na maioria das vezes ela só é curada através do uso de antibióticos, por se tratar de infecção bacteriana.
>> Leia também:Como reduzir o CCS e CPP e melhorar a qualidade do leite
Como controlar e evitar a mastite em sua propriedade
É fundamental que todo produtor entenda os riscos da doença e os prejuízos que ela pode trazer a sua propriedade. Só assim que se tem uma dimensão real da necessidade de controlar a mastite definitivamente.
Além disso, para se executar um programa de controle de mastite, todos os envolvidos precisam entender os passos, receber os treinamentos e seguirem as etapas corretamente.
Dito isso, veja agora como controlar a mastite:
Rotina de ordenha
Estabeleça uma rotina de ordenha, com manejo dos animais da maneira certa, higienização do local e maquinários, desinfecção dos tetos e do úbere com pré e pós-dipping, teste da caneca e uso correto dos equipamentos.
Higiene e conforto dos animais
Além disso, os animais devem ter acesso a um ambiente limpo e confortável, sem o risco do desenvolvimento de doenças e propiciando o melhor local para desenvolverem um leite de qualidade.
Limpeza dos equipamentos
Se o animal e o local precisam de cuidados especiais quanto à limpeza, isso se dá também com os equipamentos utilizados na ordenha, que devem ser desinfectados para evitar um contágio maior. Importante lembrar de sempre utilizar água potável e aquecida, para melhor eficácia dos detergentes.
>> Veja também: Evite cometer esses erros, se quiser melhorar a qualidade do leite na fazenda
Terapia da vaca seca
O início e o fim do período seco são os de maior risco de desenvolvimento de infecções intramamárias. Por isso, é importante fazer a terapia da vaca seca, onde todas as vacas recebem tratamento com antibióticos específicos para prevenir novos casos, ou tratar os casos subclínicos.
Melhoria do sistema imunológico dos animais
Também invista na resposta imunológica dos animais, desde a redução do estresse das vacas, vacinação e alimentação adequada, com vitaminas e minerais, para estarem preparadas para o combate às doenças.
Segregação e descarte
Animais enfermos devem ser separados dos saudáveis, tanto no ambiente, como durante a ordenha. Já as vacas com infecção crônica, muitas vezes, acabam precisando ser sacrificadas como forma de prevenção de contágio.
Coleta e revisão dos dados
Para melhorar a qualidade do leite e controlar a mastite definitivamente, é muito importante que o produtor faça periodicamente a coleta e revisão de dados como índices de CSS e CPP nos tanques, e dados sobre a saúde dos animais e quantidade de casos clínicos e subclínicos identificados.
Esses dados são fundamentais para fazer melhorias na qualidade e ajudam muito o trabalho do consultor de qualidade do leite que poderá ter uma visão geral da saúde do rebanho e da qualidade do leite produzido atualmente e, assim, propor melhorias.
Controle a mastite definitivamente com a ajuda da Prime Milk
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